terça-feira, 20 de maio de 2008

Como Eliminar o Mosquito da dengue




Tipos de Dengue

Tipos de Dengue

Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Infecção InaparenteA pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue ClássicaA Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue HemorrágicaA Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.

Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da DengueEsta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Dengue

Como se pega Dengue?
A Dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ele é muito pequeno, mas fácil de identificar pelos seus hábitos.

Como é o mosquito?
É escuro e rajado de branco.
É menor que um pernilongo comum.
Pica durante o dia
Desenvolve-se em água parada e limpa.

Sintomas
Os seguintes sintomas que podem fazê-lo suspeitar de Dengue:
Dor de cabeça;
Dor nos olhos;
Febre alta muitas vezes (passando de 40 graus);
Dor nos músculos e nas juntas;
Manchas avermelhadas por todo o corpo;
Falta de apetite;
Fraqueza;
Em alguns casos, sangramento de gengiva e nariz.

Tratamento
A pessoa com Dengue deve ficar em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento para aliviar as dores e a febre, mas sempre com indicação do médico. A pessoa não pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como, por exemplo, a aspirina e o AAS.

Como evitar a doença?
A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Para isso, é necessário acabar com os criadouros (lugares de nascimento e desenvolvimento dele). Ou seja: não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente como:
Garrafas;
Pneus;
Pratos de vasos de plantas e xaxim;
Bacias;
Copinhos descartáveis.


Também não se esqueça de tapar:
Caixas d'água;
Cisternas;
Tambores;
Poços;
Outros depósitos de água.

Dicas
Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando um pano ou uma bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos. Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos.
Limpe as calhas e as lajes das casas.
Lave bebedouros de aves e animais com uma escova ou bucha; e troque a água pelo menos uma vez por semana.
Guarde as garrafas vazias de cabeça para baixo.
Joguem no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas, latas e tudo o que acumula água. Mas atenção: o lixo deve ficar o tempo todo fechado.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Síntese do Artigo da BVS do dia 13/04/08

O desafio do controle da Aedes aegypti e da assistência adequada a dengue.



Um dos artigos de Epidemiologia e Serviços de Saúde refere-se ao sub-registro de casos de febre hemorrágica de dengue em Belo Horizonte e no estado de Minas Gerais. Ele trás à tona um problema dos mais desafiadores para a Saúde Pública de países tropicais e subtropicais: o aumento da incidência e da gravidade dos casos de dengue.

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para a transmissão da dengue. As causas desse fenômeno são muitas, porém, não resta dúvida de que o intenso e rápido, e o fluxo migratório rural-urbano contribuiu decisivamente para essa situação. No Brasil, mais de 80% da população já reside em cidades, onde parte considerável dos habitantes vive em condições precárias de habitação e saneamento que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A luta contra esse inseto é muito complexa e exige ações coordenadas de múltiplos setores da sociedade, além de mudanças de hábitos culturais na população. Como conseqüência dessas dificuldades, assiste uma falta de efetividade das medidas de controle, não só no Brasil como em muitos outros países. A luta contra o mosquito deve ser mantida de forma contínua, aperfeiçoando-se a execução das numerosas medidas e estratégias de controle disponíveis.

É premente a necessidade de novos conhecimentos e tecnologias para aprimorar o controle do dengue. Além de tecnologias de maior eficácia para redução da densidade de infestação pelo Aedes aegypti, a busca de uma vacina profilática e eficaz deve ser alvo de pesquisa a merecer prioridade de apoio. Há alguns anos, tenta-se desenvolver uma vacina contra os quatro sorotipos virais da doença, mas infelizmente não se chegou a um resultado satisfatório. A letalidade dos casos de dengue hemorrágico ainda permanece alta, pois a atenção aos pacientes nem sempre é precoce e adequada. Ainda não se dispõe de medicamentos eficazes para o tratamento etiológico do dengue e por enquanto, resta a ação continuada de combate adequado ao mosquito e o atendimento precoce e correto dos casos.


quarta-feira, 16 de abril de 2008

minha Pesquisa na DATASUS dia 16/04/08

Mortalidade - Paraíba
Óbitos p/Residênc segundo MunicípioMunicípio: CajazeirasPeríodo: 2005

Município
Óbitos p/Residênc
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIMConsulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

TOTAL 268
250370 Cajazeiras 268

População Residente - Paraíba
População Resident segundo MunicípioMunicípio: CajazeirasPeríodo: 2005
Município
População Resident
Fonte: IBGE - Censos Demográficos e Contagem Populacional; para os anos intercensitários, estimativas preliminares dos totais populacionais, estratificadas por idade e sexo pelo MS/SE/Datasus.Ver nota técnica.Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

TOTAL 56.870
250370 Cajazeiras 56.870

268/56.87=4,71
4,71X1000=4712,50

domingo, 13 de abril de 2008

Texto para fezer Resumo

O desafio do controle do Aedes aegypti e da assistência adequada ao dengue


Pedro Luiz Tauil
Membro do Comitê Editorial

Um dos artigos do presente número de Epidemiologia e Serviços de Saúde refere-se ao sub-registro de casos de febre hemorrágica do dengue em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais.1 Ele trás à tona um problema dos mais desafiadores para a Saúde Pública de países tropicais e subtropicais: o aumento da incidência e da gravidade dos casos de dengue.
Desde sua re-emergência no Sudeste Asiático, na década de 1950, houve expansão da área de incidência da doença no mundo, bem como a ocorrência crescente de formas graves. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para a transmissão do dengue. As causas desse fenômeno são múltiplas, todavia não totalmente conhecidas. Porém, não resta dúvida de que o intenso e rápido fluxo migratório rural-urbano contribuiu decisivamente para essa situação. No Brasil, mais de 80% da população já reside em cidades, onde parte considerável dos habitantes vive em condições precárias de habitação e saneamento que favorecem a proliferação do mosquito vetor.
O controle da incidência da doença está baseado naquele que é, atualmente, o único elo vulnerável de sua cadeia de transmissão: o mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor. A luta contra esse inseto, extremamente adaptado às condições das cidades de hoje, é muito complexa e exige ações coordenadas de múltiplos setores da sociedade, além de mudanças de hábitos culturais arraigados na população. Como conseqüência dessas dificuldades, assiste-se a uma falta de efetividade das medidas de controle, não só no Brasil como em muitos outros países. Intervenções recentemente celebradas por terem sido bastante exitosas, mundialmente conhecidas, como as de Singapura e de Cuba, têm mostrado falta de sustentabilidade dos resultados alcançados: em ambos esses países, epidemias de dengue continuam a ser registradas. A luta contra o vetor deve ser mantida de forma contínua, portanto, aperfeiçoando-se a execução das onerosas e complexas medidas e estratégias de controle disponíveis.
É premente a necessidade de novos conhecimentos e tecnologias para aprimorar o controle do dengue. Além de tecnologias de maior eficácia para redução da densidade de infestação pelo Aedes aegypti, a busca de uma vacina profilática e eficaz deve ser alvo de pesquisa a merecer prioridade de apoio. Há alguns anos, tenta-se desenvolver uma vacina contra os quatro sorotipos virais da doença; até o momento, infelizmente, não se chegou a um resultado satisfatório. A letalidade dos casos de dengue hemorrágico ainda permanece alta, pois a atenção aos pacientes nem sempre é precoce e adequada. Ainda não se dispõe, ademais, de medicamentos eficazes para o tratamento etiológico do dengue e, por enquanto, resta a ação continuada de combate adequado ao vetor e o atendimento precoce e correto dos casos, medidas com poder de redução da incidência e da letalidade por dengue. O artigo de Corrêa PRL & França E contribui com esse último aspecto, fornecendo subsídios para a identificação de casos de febre hemorrágica e seu adequado tratamento.
A importância do acompanhamento de contatos de pacientes com tuberculose por um período mínimo de dois anos é uma das principais conclusões do estudo realizado em Londrina, Estado do Paraná, por Freire DN, Bonametti AM & Matsuo T.2 O controle da tuberculose também constitui um desafio. A doença insiste em manter níveis elevados de incidência. Agravada pelo surgimento da aids e pelo aparecimento da resistência do bacilo às drogas disponíveis, a tuberculose tem seus pilares de controle fundados no diagnóstico precoce e no tratamento adequado. O artigo publicado neste número fornece subsídios para o alcance desse fim.
O objetivo de eliminar a sífilis congênita ainda não foi atingido. No artigo de Donalísio MR, Freire JB & Mendes ET,3 os autores buscam identificar falhas nos serviços de pré-natal e atenção ao parto que expliquem a incidência de casos, em princípio, plenamente evitável. O trabalho foi realizado na microrregião de Sumaré, Estado de São Paulo, usando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consulta a prontuários das mães.
A mortalidade neonatal é o tema do artigo de Carvalho PI e colaboradores,4 realizado em Recife, Estado de Pernambuco. Também nesse estudo, foram trabalhados dados disponíveis em sistemas de informações, agora os de mortalidade [Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)] e de nascidos vivos ([Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)], fazendo linkage entre os respectivos bancos de dados. O manuscrito ainda reúne o mérito de introduzir o recorte de cor da pele como um indicador de desigualdade em óbitos neonatais.
No artigo sobre a série temporal de mortalidade por aids no Brasil,5 Reis CM, Santos EM & Cruz MM, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro- RJ, mostram o decréscimo das taxas de mortalidade a partir do uso de medicamentos anti-retrovirais pelos serviços públicos de saúde, embora o ritmo de queda tenha diminuído nos últimos três anos do período estudado (1982 a 2002). Também nesse artigo, a fonte de dados foi um sistema de informações (SIM).
Uma revisão bibliográfica sistemática é apresentada no artigo de Minto EC e colaboradores,6 da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, cujo tema é a avaliação de intervenções breves para redução do uso abusivo de bebida alcoólica em atenção primária. Além da importância metodológica do trabalho, salienta-se a necessidade do desenvolvimento de estudos sobre o tema no Brasil, uma vez que o abuso de bebida alcoólica foi considerado pelo Ministério da Saúde como um dos dez problemas de saúde a serem priorizados nas ações do Programa de Saúde da Família.

Referências Bibliográficas
1. Corrêa PRL, França E. Dengue hemorrágico em unidade de referência como indicador de sub-registro de casos no Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil, 1998. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 175-184.
2. Freire DN, Bonametti AM, Matsuo T. Diagnóstico precoce e progressão da tuberculose em contatos. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 155-163.
3. Donalísio MR, Freire JB, Mendes ET. Investigação da sífilis congênita na microrregião de Sumaré, Estado de São Paulo, Brasil – desvelando a fragilidade do cuidado à mulher gestante e ao recém-nascido. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 165-173.
4. Carvalho PI, Pereira PMH, Frias PG, Vidal SA, Figueiroa JN. Fatores de risco para mortalidade neonatal em coorte hospitalar de nascidos vivos. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 185-194.
5. Reis AC, Santos EM, Cruz MM. A mortalidade por aids no Brasil: um estudo exploratório de sua evolução temporal. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 195-205.
6. Minto EC, Corradi-Webster CM, Gorayeb R, Laprega MR, Furtado EF. Intervenções breves para o uso abusivo de álcool em atenção primária. Epidemiologia e Serviços de Saúde 2007; 16(3): 207-220.



© 2008 Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços / Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da SaúdeSCS, Quadra 4, Bloco A, Edifício Principal,5º andar, Asa Sul, Brasília-DFCEP: 70304-0000+55 61 3213-8387 / +55 61 3213-8393Fax: +55 61 3213-8304

Minha pesquisa na bvs para Resumo

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

minha pesquisa na Anvisa em 09/04/08

Informes em Farmacovigilância
Informe SNVS/Anvisa/UFARM nº 5, de 19 de novembro de 2004
DENGUE: Controle e Prevenção
PrevalênciaDurante o Século XIX, a dengue foi considerada uma doença esporádica. Hoje, é uma das mais importantes doenças virais do mundo, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes. Mais de 50.000.000 de infecções ocorrem anualmente, com 500.000 casos de febre hemorrágica de dengue e 22.000 mortes, principalmente de crianças. Antes de 1970, somente 9 países haviam experimentado casos de febre hemorrágica de dengue. Desde então, o número tem aumentado em 4 vezes e continua crescendo. Uma pandemia em 1998, em que 1.2 milhão de casos de dengue clássica e febre hemorrágica de dengue foram relatados em 56 países de todo o mundo. Os dados de 2001 a 2002 indicam uma situação do valor comparável. Em 2001, somente as Américas notificaram mais de 652.212 casos do dengue, dos quais 15.500 eram febre hemorrágica, quase o dobro notificado na mesma região, em 1995. O desafio para as agências nacionais e internacionais da saúde é inverter a tendência do aumento da atividade epidêmica da dengue e do aumento da incidência da febre hemorrágica de dengue.1
TransmissãoA transmissão se faz pela picada do mosquito Aedes aegypti, com o ciclo homem - Aedes aegypti - homem. O inseto pica durante o dia e está mais adaptado ao ambiente urbano. Na sua fase larvária, vive na água limpa e parada, na água armazenada para uso doméstico ou em qualquer lugar onde haja água limpa acumulada. Não ocorre transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
Características e SintomatologiaA dengue é uma doença aguda, que causa febre. É de etiologia viral e de evolução favorável na forma clássica e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Os sintomas da dengue clássica são estado febril agudo, com duração máxima de 7 dias, e, pelo menos, dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema. Já a febre hemorrágica de dengue - FHD é todo caso suspeito de dengue clássica que apresente também manifestações hemorrágicas, que podem variar desde a prova do laço positiva até fenômenos mais graves como hematêmese, melena e outros. A ocorrência de pacientes com manifestações hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele fria e úmida, agitação), levam à suspeita de síndrome de choque.
TratamentoDe acordo com o Ministério da Saúde, a dengue não possui tratamento medicamentoso específico. Os medicamentos são utilizados apenas para amenizar os sintomas: controlar a dor e baixar a temperatura corpórea em casos de febre. Essas indicações favorecem a automedicação, principalmente durante este período do ano, em que ocorrem tanto casos de dengue, quanto outras viroses infantis. É importante ressaltar que a dose deve ser ajustada de acordo com a idade do paciente. Exemplo: crianças: doses pediátricas.
Dengue Clássica
Tratamento para alívio dos sintomas
Recomendado
1- Repouso e ingestão de líquidos2- Paracetamol ou Dipirona, sob orientação médica
Cuidados
1- Evitar uso de Salicilatos (ácido acetilsalicílico, ácido salicílico, diflunisal, salicilato de sódio, metilsalicilato, dentre outros), pois podem favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose. 2- Também é contra-indicado o uso de antiinflamtórios, pois eles podem aumentar a tendência hemorrágica da dengue. Exemplo: indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxen, sulfinpirazona, fenilbutazona, sulindac, diflunisal, prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona.
Febre Hemorrágica da DengueOs pacientes devem ser observados cuidadosamente, para identificação dos primeiros sinais de choque. O período crítico será durante a transição da fase febril para a afebril, que, geralmente, ocorre após o terceiro dia da doença. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acidose, a reidratação pode ser feita em ambulatório.
ImunizaçãoAinda não existe vacina contra a dengue, pois seu desenvolvimento é muito difícil, devido ao fato de haver, até o momento, quatro vírus identificados. Isso representa um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer a combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença. A comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nesse propósito.
Prevenção e ControleNos últimos dois anos, o Brasil conseguiu reduzir em 90% os casos de dengue. E, com estratégia semelhante à da campanha do ano passado, o Ministério da Saúde tem como meta reduzir o número de casos da doença no País.
No dia 20 de novembro de 2004, foi realizado, em todo o país, o chamado Dia D, cujo slogan da campanha é "Não deixe a dengue estragar o seu verão", sendo que o slogan foi alterado na região Norte para “Não deixe a dengue voltar”, por causa da estação das chuvas. Nessa data, forma feitos mutirões de limpeza contra possíveis criadouros do mosquito, além de campanhas de esclarecimento da população.
A diminuição dos casos de dengue registrados no Brasil reflete o êxito das ações desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios.
Veja também:Informe em Farmacovigilância Ufarm/Anvisa nº 1. Automedicação e risco para o diagnóstico clínico e tratamento da dengue.
Informe em Farmacovigilância Ufarm/Anvisa nº 2. Risco de intoxicação com analgésicos e antitérmicos.
Informe em Farmacovigilância Ufarm/Anvisa nº 2. Os riscos da automedicação na dengue.
Referências (sites externos)• Secretaria do Estado de Saúde do Distrito FederalOrganização Mundial da SaúdeMinistério da

Artigo da Pubmed

1: Hum Vaccin. 2006 Mar-Apr;2(2):60-7. Epub 2006 Mar 15.
Links
Live attenuated chimeric yellow fever dengue type 2 (ChimeriVax-DEN2) vaccine: Phase I clinical trial for safety and immunogenicity: effect of yellow fever pre-immunity in induction of cross neutralizing antibody responses to all 4 dengue serotypes.
Guirakhoo F, Kitchener S, Morrison D, Forrat R, McCarthy K, Nichols R, Yoksan S, Duan X, Ermak TH, Kanesa-Thasan N, Bedford P, Lang J, Quentin-Millet MJ, Monath TP.
Acambis, Inc., Cambridge, Massachusetts 02139, USA. Farshad.Guirakhoo@acambis.com
A randomized double-blind Phase I Trial was conducted to evaluate safety, tolerability, and immunogenicity of a yellow fever (YF)-dengue 2 (DEN2) chimera (ChimeriVax-DEN2) in comparison to that of YF vaccine (YF-VAX). Forty-two healthy YF naïve adults randomly received a single dose of either ChimeriVax-DEN2 (high dose, 5 log plaque forming units [PFU] or low dose, 3 log PFU) or YF-VAX by the subcutaneous route (SC). To determine the effect of YF preimmunity on the ChimeriVax-DEN2 vaccine, 14 subjects previously vaccinated against YF received a high dose of ChimeriVax-DEN2 as an open-label vaccine. Most adverse events were similar to YF-VAX and of mild to moderate intensity, with no serious side-effects. One hundred percent and 92.3% of YF naïve subjects inoculated with 5.0 and 3.0 log10 PFU of ChimeriVax-DEN2, respectively, seroconverted to wt DEN2 (strain 16681); 92% of subjects inoculated with YF-VAX seroconverted to YF 17D virus but none of YF naïve subjects inoculated with ChimeriVax-DEN2 seroconverted to YF 17D virus. Low seroconversion rates to heterologous DEN serotypes 1, 3 and 4 were observed in YF naïve subjects inoculated with either ChimeriVax-DEN2 or YF-VAX. In contrast, 100% of YF immune subjects inoculated with ChimeriVax-DEN2 seroconverted to all 4 DEN serotypes. Surprisingly, levels of neutralizing antibodies to DEN 1, 2 and 3 viruses in YF immune subjects persisted after 1 year. These data demonstrated that (1) the safety and immunogenicity profile of the ChimeriVax-DEN2 vaccine is consistent with that of YF-VAX, and (2) preimmunity to YF virus does not interfere with ChimeriVax-DEN2 immunization, but induces a long lasting and cross neutralizing antibody response to all 4 DEN serotypes. The latter observation can have practical implications toward development of a dengue vaccine.
PMID: 17012873 [PubMed - indexed for MEDLINE]
Related Links
Clinical proof of principle for ChimeriVax: recombinant live, attenuated vaccines against flavivirus infections. [Vaccine. 2002]
Recombinant chimeric yellow fever-dengue type 2 virus is immunogenic and protective in nonhuman primates. [J Virol. 2000]
Chimeric live, attenuated vaccine against Japanese encephalitis (ChimeriVax-JE): phase 2 clinical trials for safety and immunogenicity, effect of vaccine dose and schedule, and memory response to challenge with inactivated Japanese encephalitis antigen. [J Infect Dis. 2003]
Construction, safety, and immunogenicity in nonhuman primates of a chimeric yellow fever-dengue virus tetravalent vaccine. [J Virol. 2001]
Viremia and immunogenicity in nonhuman primates of a tetravalent yellow fever-dengue chimeric vaccine: genetic reconstructions, dose adjustment, and antibody responses against wild-type dengue virus isolates. [Virology. 2002]
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Patient Drug Information
Yellow Fever Vaccine (YF-VAX®) Yellow fever is a serious disease caused by the yellow fever virus. It is spread through the bite of an infected mosquito and cannot be spread directly from person to person. It is found in certain parts of Africa and So...
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pesquisa do Pubmed de 09/04/08

Search (Dengue ) AND (randomized controlled trial[Publication Type] OR (randomized[Title/Abstract] AND controlled[Title/Abstract] AND trial[Title/Abstract])) Limits: only items with links to free full text, Humans
09:25:32
13
#2
Search (Dengue ) AND (randomized controlled trial[Publication Type] OR (randomized[Title/Abstract] AND controlled[Title/Abstract] AND trial[Title/Abstract]))
09:23:20
39
#1
Search Dengue
09:20:29
6245

domingo, 6 de abril de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

minha pesquisa no PUBMED em 26/03/08

#7
Search "Thongpaseuth S"[Author] Limits: only items with links to free full text
10:31:54
1
#5
Search (#2) AND (#3) Limits: only items with links to free full text
10:29:30
3
#4
Search (#2) AND (#3)
10:26:25
16
#3
Search (Dengue) AND (specificity[Title/Abstract])
10:24:31
254
#2
Search "Dengue Hemorrhagic Fever"[Mesh]
10:19:04
577

quarta-feira, 5 de março de 2008

minha pesquia do dia 05/03/2008

Base de dados : LILACS
Pesquisa : ( Dengue ) or "febre hemorragica da dengue" [Descritor de assunto] and "PORTUGUES" [Idioma]
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Primeira pesquisa com base cientifica

DeCS
Descritor Inglês: Dengue
Descritor Espanhol: Dengue
Descritor Português: Dengue
Sinônimos Português: Febre da Dengue
Categoria: C02.081.270
C02.782.350.250.214
C02.782.417.214
SP4.001.012.148.144

Definição Português: Classicamente, uma doença aguda autolimitada (tipicamente com duração de 5-7 dias), caracterizada por febre, prostração, cefaléia, mialgia, erupção cutânea, linfadenopatia e leucopenia, que é causada por quatro tipos de vírus de dengue antigenicamente relacionados, porém distintos. A dengue ocorre epidêmica e esporadicamente na Índia, Japão, África Ocidental, região do Mediterrâneo oriental, sudeste da Ásia, Indonésia, nordeste da Austrália, Polinésia, Caribe, e norte da América do Sul. Ela é transmitida pela mordida de mosquitos infectados do gênero Aedes, especialmente A. aegypti, A. albopictus, A. polynesiensis, A. scutellaris e A. hakanssoni. (Dorland, 28ª ed)
Nota de Indexação Português: uma febre hemorrágica causada por um flavivirus mas veja FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE

Prevenção

O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. Por exemplo: caixas d'água, barris, tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada. Portanto, considerando essa facilidade de disseminação, podemos imaginar o grau de dificuldade para efetivamente combater a doença - o que só é possível com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Na eventualidade de uma epidemia de dengue numa comunidade ou município, há a necessidade de serem executadas medidas de controle como o uso de inseticidas aplicados através de carro-fumacê ou nebulização, para diminuir o número de mosquitos adultos transmissores e interromper a disseminação da epidemia. Nessa oportunidade, a comunidade deve cooperar com o processo de nebulização, mantendo as portas e janelas das casas abertas, de modo a permitir a entrada do inseticida.
CONTRA PICADAS
Se as pessoas não são picadas, não se tornam mais um foco indireto da doença. Veja algumas dicas:


MEDIDAS PARA EVITAR PICADA DE MOSQUITO

Espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.

Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.

Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.

Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.


MEDIDAS PARA ELIMINAÇÃO DOS LOCAIS DE REPRODUÇÃO DO MOSQUITO

Tampar os grandes depósitos de água: A boa vedação de tampas em recipientes como caixas d'água, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.

Remover o lixo: O acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública - ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.

Fazer controle químico: Existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento - este método para controle doméstico da dengue em cidades grandes tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.

Limpar os recipientes de água: Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.


OUTRAS IMPORTANTES MEDIDAS PARA CONTROLAR OU ACABAR COM A DENGUE SÃO:

Qualidade e quantidade da água: um eficiente tratamento da água e sua disponibilidade à população são importantes para a prevenção da dengue. Entre outros motivos, a falta d'água força as pessoas a armazená-la em recipientes, que podem tornar-se criadouros para os mosquitos transmissores.

Coleta de lixo: a coleta regular de lixo também reduz os possíveis criadouros de mosquitos.

Inspeção domiciliar para controle da reprodução de mosquitos: quando isto for necessário, visitas domiciliares determinam se está havendo reprodução de mosquitos dentro e em volta das casas. Os inspetores de saúde podem ensinar aos moradores os meios para impedir a reprodução dos mosquitos.

Campanhas de educação em saúde: o primeiro passo para uma adequada ação contra o mosquito da dengue é informar às comunidades sobre a doença, bem como as medidas adequadas para combatê-la.

Preparação para emergências: no caso de disseminação da dengue, as comunidades e municípios devem adotar medidas preparatórias para a proteção contra surtos da doença, principalmente a hemorrágica. Planos de ação devem ser formulados e implantados em conjunto pelas autoridades sanitárias nacionais, estaduais e locais, incluindo o treinamento dos médicos e enfermeiros, a identificação de unidades de saúde de referência para dengue, a obtenção de equipamentos para a aplicação de inseticida, sua estocagem, fornecimento de veículos para realizar o tratamento e a nebulização e outras medidas consideradas necessárias pelos líderes sanitários e comunitários.

Campanhas de remoção de lixo: as atividades de remoção de lixo têm efeitos duradouros e amplos, não apenas sobre o mosquito da dengue como também sobre moscas, roedores e baratas.

Campanhas escolares: a participação das escolas no processo de promoção da saúde e de uma comunidade sem dengue é de grande importância. Os estudantes podem participar ativamente das campanhas de limpeza e informação, levando para sua família e seus vizinhos as mensagens educativas recebidas. Inicialmente, participam limpando a própria escola; posteriormente, adotam a mesma iniciativa em suas casas e arredores.
OBS: as escolas podem organizar projetos e centros de interesse

Sintomas

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.

TRANSMISSÃO
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.

Temperatura
A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam esse embrião podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o aedes demora em média dez dias.
Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O Mosquito Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a fêmea do Aedes voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Até então, eles sabiam que o Aedes só se distanciava cem metros.

Sintomas
Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias.O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem:

Dengue Clássica
Febre alta com início súbito• Forte dor de cabeça• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos• Perda do paladar e apetite• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores• Náuseas e vômitos• Tonturas• Extremo cansaço• Moleza e dor no corpo • Muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue Hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:• Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes • Pele pálida, fria e úmida• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas• Manchas vermelhas na pele• Sonolência, agitação e confusão mental• Sede excessiva e boca seca• Pulso rápido e fraco• Dificuldade respiratória• Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%.

TRATAMENTO
O Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.
A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.

o ser observado o primeiro sintoma, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. As pessoas que já contraíram a forma clássica da doença devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas agravados com os sinais de alerta, pois correm o risco de estar com dengue hemorrágica, que é o tipo mais grave. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O que é dengue

É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro.

A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite.

O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação.

As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.