segunda-feira, 21 de abril de 2008

Síntese do Artigo da BVS do dia 13/04/08

O desafio do controle da Aedes aegypti e da assistência adequada a dengue.



Um dos artigos de Epidemiologia e Serviços de Saúde refere-se ao sub-registro de casos de febre hemorrágica de dengue em Belo Horizonte e no estado de Minas Gerais. Ele trás à tona um problema dos mais desafiadores para a Saúde Pública de países tropicais e subtropicais: o aumento da incidência e da gravidade dos casos de dengue.

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para a transmissão da dengue. As causas desse fenômeno são muitas, porém, não resta dúvida de que o intenso e rápido, e o fluxo migratório rural-urbano contribuiu decisivamente para essa situação. No Brasil, mais de 80% da população já reside em cidades, onde parte considerável dos habitantes vive em condições precárias de habitação e saneamento que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A luta contra esse inseto é muito complexa e exige ações coordenadas de múltiplos setores da sociedade, além de mudanças de hábitos culturais na população. Como conseqüência dessas dificuldades, assiste uma falta de efetividade das medidas de controle, não só no Brasil como em muitos outros países. A luta contra o mosquito deve ser mantida de forma contínua, aperfeiçoando-se a execução das numerosas medidas e estratégias de controle disponíveis.

É premente a necessidade de novos conhecimentos e tecnologias para aprimorar o controle do dengue. Além de tecnologias de maior eficácia para redução da densidade de infestação pelo Aedes aegypti, a busca de uma vacina profilática e eficaz deve ser alvo de pesquisa a merecer prioridade de apoio. Há alguns anos, tenta-se desenvolver uma vacina contra os quatro sorotipos virais da doença, mas infelizmente não se chegou a um resultado satisfatório. A letalidade dos casos de dengue hemorrágico ainda permanece alta, pois a atenção aos pacientes nem sempre é precoce e adequada. Ainda não se dispõe de medicamentos eficazes para o tratamento etiológico do dengue e por enquanto, resta a ação continuada de combate adequado ao mosquito e o atendimento precoce e correto dos casos.


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